terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Pelo fim da opressão de gênero e de cor.

Mulheres ainda são oprimidas, negros continuam também sendo oprimidos, agora o que falar de mulheres negras e miseráveis, não encontro uma palavra para descrever tal opressão, exploração ou abandono por exclusão social.

Estes dois textos, tem origem no site “Coletivo de Mulheres da UFRJhttps://www.facebook.com/coletivomulheresufrj, e eu recomendo uma visita.

Não existe mulher que goste de apanhar.
  O que existe é mulher humilhada demais para denunciar,
    machucada demais para reagir,
      com medo demais para acusar,
        e pobre demais para ir embora.



A violência de gênero não é culpa da roupa, do lugar ou de qualquer coisa que as mulheres façam e sim do comportamento do opressor!

Somos humanos

Somos humanos, e em última análise, somos todos passiveis dos mesmos sentimentos e das mesmas emoções. O que nos difere é a capacidade de lidarmos com eles. Alguns de nós possuímos uma facilidade natural de superar o stress de nossa vida cada vez mais atribulada, sem sofrer desgaste físico ou emocional. Outros de nós sofremos pacientemente e de forma quase negligente, relegamos o direito inalienável que todos temos de encontrar a verdadeira felicidade, ou de pelo menos encontrar alguma felicidade e assim reduzir ou minimizar nossos sofrimentos.

Arte ou Ciência?

Ciência ou arte? O que é mais nobre? Qual seria mais bela?
Pergunta complicada, pois esconde por trás de si valores, e estes são sempre pessoais, nunca universais, e podem mudar, mesmo individualmente, ao longo do tempo.

Filosofia ou filosofar?

De que adianta aprender filosofia? De nada serve, ou, a muito pouco se presta, pois que serve apenas a cultura ou a vaidade do conhecer. São muitas as filosofias, e muitos mais ainda os filósofos, e nunca seremos eles. Que bom que assim o seja. Estudar filosofia, ou sua historicidade, tem muito pouco valia frente a enormidade do aprender a filosofar, do poder quase sobre humano do pensar, do livre pensar, e do saber pensar. Todo filosofo acertou algumas vezes e errou outras. O que se deve buscar, assim, é menos aprender filosofia e muito mais aprender a filosofar; ter a coragem de filosofar pensando, tendo a ousadia de pensar filosofando, sempre com a certeza de que mais cedo ou mais tarde o nosso filosofar e o nosso conhecimento poderão bater de frente, e é neste instante que entra a coragem do livre pensador, de abandonar, de largar de lado, linhas de pensamento cujas evidências já lhes tire o sentido. Seria puro fanatismo, ou loucura, filosofar contra o que já é conhecido. A filosofia deve andar a frente da ciência, mas de forma lógico-racional, onde no limite do perímetro de nosso conhecimento científico existe uma área de transição, totalmente aberta a prática da experimentação, da especulação, e da exploração, mas nunca se perdendo contra o que já está estabelecido cientificamente.

A morte

A morte não é somente um fato, um fim necessário selecionado quando a biologia possibilitou a reprodução sexuada. A morte não é apenas um eterno nada, a morte é um contraponto natural que nos faz, mais, amar e dar valor a vida.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Livre

Livre: posso fingir que sou, posso me enganar que seja, posso mentir que estou. No fundo a liberdade, ou o mais próximo da liberdade que existe, é o estado de desejar o que se pode, de realizar o que é possível, de viver dentro dos limites naturais de uma sociedade.

Crescimento humano e conforto pessoal geralmente nunca andam juntos

Eu sempre aprendo coisas novas (todos podemos estar sempre aprendendo), ou pelo menos eu sempre acho que aprendo coisas novas, mas o que importa é que eu sempre estou aberto a novas experiências e a novos conhecimentos (eu sei que nem sempre são conhecimentos úteis, ou conhecimentos “científicos”), sejam estes científicos, culturais, pessoais ou sociais.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Juventude atuante

Entre uma população pacata, insossa ou desmotivada e uma juventude atuante, ousada, mobilizada e com certa dose de revolta, eu fico com a segunda. Sem atrito não há energia que revigora, sem atrito as soluções não são verdadeiras soluções e sim imposições, contornos ou mesmices, mesmo que disfarçadas em democracia, e acaba sendo muito mais uma ditadura da maioria, em especial da maioria que tudo aceita, que não pensa e que não se expõe. Sem atrito não surgem as ideias que podem transformar e inovar. Juventude, avante... Tenho orgulho de vocês... Cabe apenas aprender a ser atuante, a ser ousada, a ser revoltada na medida da necessidade, e somente a experiência poderá dar a vocês a mão certa, o toque de midas nesta empreitada, sem excessos quando estes forem desnecessários, mas também sem inação, sem demagogias, e sem catequeses... Um movimento político, um movimento social, mas acima de tudo um movimento humano, com, e pela dignidade humana.

Seres, somente pela natureza

Somente somos seres mentais porque antes somos seres naturais. A natureza precede o ser. Dela surgimos biologicamente e a ela voltaremos naturalmente.

Precede e possibilita

A imanência do ser precede e possibilita a subjetividade de ser. Sem ser primeiramente em matéria, não posso ser em pensamentos. Sem ser a real existência material do meu ser, não posso realizar o subjetivo, consciente ou inconsciente do ser que sou.

Todo preconceito é vergonhoso, mas a exploração e a opressão são o que de mais perverso pode existir

Todo preconceito é vergonhoso e desumano, e temos assim uma dívida enorme para com muitos que sofreram, e sofrem discriminação de raça, credo, gênero, classe social, instrução, padrão de beleza, opção sexual, entre inúmeras outras discriminações, mas temos uma dívida maior ainda para com as mulheres e os negros, e pior ainda para com as mulheres negras e pobres, uma vez que estes além de serem discriminados são também oprimidos, horas abertamente e na maioria das vezes de forma disfarçada. A discriminação é uma mácula que desumaniza nossa sociedade por ofender todos os demais que sofrem preconceitos como os homossexuais, os bi sexuais, os transexuais, os que professam crenças diferentes da cristã, os que se negam a crer em deus algum, os idosos, os gordos, os que fogem do padrão de beleza estabelecido, os negros, entre outras inúmeras formas de preconceitos. Ao longo do tempo, nossa sociedade foi muito mais perversa para com os negros e as mulheres, pois que além do puro preconceito, e da consequente opressão, estes sofreram ao longo de toda a nossa história como nação, povo, e sociedade, de não disfarçada exploração. Nossa dívida assim por eles é maior, exatamente pela exploração, que se soma a já perversa opressão disfarçada dos preconceitos. Apenas como exemplo simples, um homossexual ou um gordo sofrem da discriminação, mas não sofrem da exploração e da opressão, são vistos como diferentes, mas não como foco de exploração.

Todo preconceito é vergonhoso, mas a exploração e a opressão são o que de mais perverso pode existir.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Ateu

Pode não parecer para muitos preconceituosos ou interesseiros, mas um ateu, como outro ser humano qualquer, também é gente, e em geral é gente que faz e não que troca ou coleciona bônus, é gente que assume suas responsabilidades, e não que somente critica a irresponsabilidade dos outros, ou que transfere para o invisível as responsabilidades que têm de ser nossas. Antes de ser ateu, necessito ser animal humano, desta forma sou passível de todas as emoções, sentimentos e reações naturais aos humanos. Ser ateu nunca foi sinônimo de perfeição, ou de ser melhor que qualquer outro, ser ateu é uma questão de escolha racional, pelo menos para mim. Ser ateu é ter a coragem de se assumir fatal, finito, imperfeito e falho, e sem direito a segunda chance ou recuperação, é ter a certeza que ou faço bem por agora, ou nunca mais o poderei fazer. 

Hipocrisia não combina com heresia

Hipocrisia não combina com heresia, diferentemente do que acabei de ler, que afirmava que hipocrisia "rima" com heresia, não somente em sonoridade, mas também em semântica, induzindo que um herege, entre outros sentidos preconceituosos, é um hipócrita, quando tenta apresentar-se como humano, sendo no fundo um infiel com as causas humana, porque infiel com as causas de deus. Com o cuidado respeitoso para com os que assim pensam, gostaria de afirmar que hipocrisia pode combinar com muitas coisas, mesmo com alguma desumanidade, mas principalmente com muito de inação, com muito de interesses pessoais, com muito de vaidade, mas não com heresia. Pelo menos não com o sentido básico de herege: “assumo uma postura diferente das religiões qual seja a de não crer e não aceitar entidade transcendental alguma, e negar os seus principais dogmas”. Sou assim herege pela definição básica, sou incrédulo, sou irreligioso, sou ateu, e o sou sem nenhuma vergonha ou temor de o ser. Não sou hipócrita, até mesmo por isto sou herege, para não ser hipócrita. Sou herege exatamente para não ser infiel com as causas humana, não subvertendo a importância da humanidade, do social, da vida, do real, do imanente frente a nenhum transcendentalismo, nenhum sonho, nenhuma irrealidade, nenhuma devoção que por mais que possa satisfazer meus desejos, minimizar meus medos ou confortar um ser em crise existencial, é fruto de criação humana.

A tormenta é minha companheira

A tormenta é minha companheira, e assim vivo, atormentado em pleno redemoinho que me faz real, sendo aquilo que sou, como reflexo de muito do que de mim não sei. Em plena desilusão de realizar um ser que desconheço em totalidade, acabo mais ainda me atormentando, e falo o que não sei, falo do que não sei, falo como se soubesse, como se a boca tivesse vida própria. Vivo assim assustado com o que desconheço que sou, ou talvez com o que tento esconder de mim mesmo que seja. Vivo sendo o que sou, é obvio, mas nunca sei exatamente o que, e nem o quem, sou, pois que sendo muitos, me perco na multidão dos que sou, sem saber quem sou a cada momento. Se creio saber quem sou, sei apenas quem eu era, pois a consciência é reflexo apenas de um passado, e mesmo assim, muito mais desconhecido do que gostaria que fosse.

A liberdade e a anarquia

A liberdade não é necessariamente um sinônimo de anarquia, não obstante ser totalmente possível uma anarquia responsável. É possível esta anarquia responsável, uma vez que o anarquismo não é ausência de ordem. Os anarquistas defendem uma sociedade baseada na liberdade total, porém responsável. O desejo anárquico seria uma sociedade liberta de opressão, mas responsável de seus deveres e cônscia de seus direitos. A liberdade pode assim ser anárquica e a sociedade poderia ser como um todo coletivamente responsável e livre de opressão.

Palavras

Na ponta de um lápis
Como na ponta da língua
Palavras podem construir ou destruir.


Se palavras soltas são a princípio livres de maldade, quando combinadas em sentenças insurgem-se como poderosas ferramentas de apoio, capazes de por si só transmitir luz ou trevas.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Real

É real que quase tudo que percebemos, o conheçamos de forma subjetiva, e é subjetivo praticamente todo o real a que temos acesso, mas é irreal não crer que o real exista, mesmo que praticamente só o percebamos de forma subjetiva. 

Ética é, no mínimo, também, um atributo secular

Chega a ser engraçado, se não me parecesse tão sério o preconceito de que a religião é necessária, não fosse por outra coisa, para intermediar e manter o conceito de ética humana, de moral e de justiça. Que sem religião seriamos monstros desumanos, injustos e indignos. Que sem o conceito de um deus seriamos meros vermes sociais. Muitos, e acreditem, entre eles pessoas de ótima índole, de boa cultura, pessoas que de alguma forma também se preocupam com o bem comum, como eu, mas que vez por outras vem para mim na defesa da religião como única guardiã e responsável pela ética. E chegam com um preconceito tão forte que para eles ser ateu é ser servo do demo, mas como pode alguém que não crê em deus crer em seu oposto, principalmente o ateu materialista, que por não crer no transcendente, não pode crer nem em um, e nem no outro. Que acreditam que ser materialista é unicamente gostar dos bens materiais, e que não ter religião é não ter amor e nem ter dignidade humana. Tento responder de forma tranquila que discordo frontalmente destas assertivas, mas tenho de admitir que várias foram as vezes que acabei sendo grosseiro, tamanha era a pressão que recebia para provar que sem religião, todos tenderiam a animais desumanos, e que insistiam em afirmar que eu ou não era ateu, apesar de assim me definir, que eu não tinha era coragem de assumir formalmente minha posição cristã, ou então que eu era um lobo com palavras de cordeiro, e que assim, logo em breve, eu mostraria minhas garras. Infelizmente para a dignidade humana eu, algumas vezes, acabei extrapolando e dizendo que se eles eram fracos e necessitavam de um tutor, de um fiscal, e de alguém para trocar com eles o freio de seus instintos por alguma salvação, eu não precisava de nada disto, eu por escolha pessoal decidi buscar minha humanidade, cheia de erros, cheia de dificuldades, cheia de tentações é verdade, mas era eu o responsável pelos meus acertos e pelos meus erros. Que se eles precisavam de perdão, eu preferia estar pronto para a punição legal ou social caso me comportasse de forma indigna e desumana, e que se fosse o caso preferia a exclusão social do que ficar agarrado a necessidades de perdão. Geralmente nestas horas eu termino com: Se a religião é o diferencial pela ética, e pela dignidade humana, o mundo que eu via era um mundo de mais sem religião do que eu, pois mesmo nas entranhas das religiões eu vejo muita desumanidade.

Sou, talvez, eu

Com certeza momentânea, nunca fui politeísta, com esta mesma certeza, não sou teísta e também não deísta (nem pela linha francesa e muito menos pela linha inglesa), durante algum tempo fui uma espécie de panteísta, escondido por traz de algum agnosticismo. Mas quanto mais vivia, quanto mais buscava ler o livro de nosso universo e da existência da vida, e quanto mais amava a natureza imanente, o materialismo real, e a realidade do todo, mas percebia que não precisava de nenhum deus panteísta, a natureza por si só me bastava, e diminuía em muito todas as dificuldades filosóficas de sustentar algum “princípio” transcendente cuja “vontade” seria o domínio das leis naturais.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Razão

Tem Razão aquele que racionalmente defende e valoriza o uso da razão. Com razão, defender o uso prático da razão é um ato racional, mas é irracional crer que a razão pura e absoluta possa ser utilizada indiscriminadamente, as cegas, “com unhas e dentes”, o tempo todo, em toda e qualquer discussão. O bom racional sabe que desejar apenas e tão somente discorrer, debater ou discutir, sob o escopo e o domínio da razão pura, é caminhar para o suicídio, no uso da mesma arma que escolheu para lutar e defender a verdade, com as mesmas armas que escolheu para esclarecer ou encontrar aquela mesma verdade, ou mesmo para possibilitar que da discussão possa surgir algo de verdadeiro. O bom racional faz uso consciente da razão enquanto racionalmente fizer sentido, enquanto logicamente for possível o seu uso, e tão logo percebe que não há mais argumentação racional que permita sustentar o elevado, sincero, transparente e crítico nível do debate, ou da busca sincera, antes que cometa seu próprio suicídio, e permita o uso irracional de qualquer argumentação pelo seu interlocutor, troca sua linha argumentativa do racional para algo na linha argumentativa de uma análise crítica, sem permitir que caia em contradição com o que racionalmente já se conhece.

Não nasci

Não nasci...

Não nasci cristão
Tão menos nasci ateu.
Ninguém nasce cristão
Ninguém nasce ateu.

Sou ateu

Sou ateu, não porque odeie a deus, não posso odiar o que para mim não existe. Deus é um conceito humano tão bom, que se ele existisse, nem eu e nem ninguém, poderia odiá-lo. Mesmo que deus existisse, manteria minha posição de que todas as religiões são no mínimo dispensáveis.

Sou, talvez, eu

Com certeza momentânea, nunca fui politeísta, com esta mesma certeza, não sou teísta e também não deísta (nem pela linha francesa e muito menos pela linha inglesa), durante algum tempo fui uma espécie de panteísta, escondido por traz de algum agnosticismo. Mas quanto mais vivia, quanto mais buscava ler o livro de nosso universo e da existência da vida, e quanto mais amava a natureza imanente, o materialismo real, e a realidade do todo, mas percebia que não precisava de nenhum deus panteísta, a natureza por si só me bastava, e diminuía em muito todas as dificuldades filosóficas de sustentar algum “princípio” transcendente cuja “vontade” seria o próprio domínio das leis naturais.

Princípios

Ateus não são animais, não são malévolos e muito menos desumanos. Nem todo ateu é digno, é verdade, da mesma exata forma que nem todo religioso o é. Existem ateus e Ateus, como existem humanos e Humanos.

Ser ateu, ao pé da letra, é negar o teísmo. Ateu, não teísta. No meu caso, e no de muitos ateus sinceros, ser ateu é uma questão de escolha, de racionalização e de amor a humanidade, mas o que importa é que ser ateu não significa odiar a deus, não podemos odiar o que não cremos existir. Ser ateu, assim, de forma geral, é simplesmente isto, não acreditar que exista nenhuma entidade maior, seja esta um deus teísta, deísta, panteísta ou politeísta. Um ateu é, e sempre será, um ser humano como outro qualquer, passível das mesmas fraquezas, dos mesmos sentimentos, e das mesmas paixões e amores.

O Conhecimento científico ainda intimida

É incrível como em pleno 2013 o conhecimento científico ainda é algo que assusta, que parece ser coisa de “maluco”, que intimida, que parece coisa de quem quer minimizar, macular ou ridicularizar ensinos religiosos, ou diminuir afirmações reveladas na própria bíblia, ou então que tende a ofender a “humanidade” de muitos de nós. Olha que não estou falando de conhecimentos científicos avançados ou de ponta, não falo do estado da arte da ciência de ponta nos estudos científicos, que são sim, muitos destes, contra intuitivos, complexos, e que parecem muitas vezes quase ficção científica. Como é triste ver pessoas que sem saberem o que é ciência, falam abertamente de pseudociências, de crenças como se ciência fosse. Como me entristece ouvir repetidamente a asserção de que os cientistas possuem a mente fechada e por isso não conseguem ver ciência nas pseudociências, ou que perde tempo e dinheiro inventando coisas. Falo sim, de conhecimentos conceituais básicos.

Eu não vivo porque sou

Eu não vivo porque sou, mas eu sou porque vivo. O viver sempre precede o ser, ninguém é ou pode ser sem viver. O ser e o viver são ambos naturais, entretanto, para ser, para ser algo mental, e não mera composição de matéria bruta, preciso viver. Por sorte um morto também é, mas é apenas um corpo material desprovido de mente.A tentação é enorme para falar um corpo sem vida, mas mesmo naquele corpo morto, enquanto se decompõe existe uma profusão de vida bacteriana, talvez mesmo alguns vermes e etc., mas com certeza não há nele nenhuma vida que poderíamos definir como humana.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Porque existe algo ao invés de somente o nada existir

Porque existe algo ao invés de somente o nada existir?

Porque existe algo ao invés de somente o nada existir? Ainda não sei a resposta, talvez nunca a saiba, talvez mais ainda, ninguém nunca o saiba. A pergunta das perguntas, e a questão de todas as questões estará fadada a ser a dúvida de todas as dúvidas, e a dívida impagável de toda a ciência e de toda a filosofia? Será ela uma eterna e inalcançável resposta?

Nasce um filho

Nasce um filho.
Não um prêmio ou um presente.
Não um sofrimento ou uma fonte eterna de alegria.
Nasce um filho.
Uma fonte eterna de amor.

A razão não é corajosa

A razão não é corajosa, mas longe de ser covarde. Corajosos ou covardes somos nós, no uso desta razão. A razão em si nada tem de corajosa, e nem pode ter, ela nada tem a ver com coragem, justiça, beleza, alento, generosidade, encanto ou perfeição. A razão é neutra quanto a valores, quanto a desejos, a vontades ou quanto a aspirações. Diferentemente dos valores e desejos que são tipicamente pessoais, mesmo que de origens culturais, catequéticos, ou em revelações, autoridades do saber, ou modas, sendo assim subjetivas, a razão em si, embora a racionalidade se construa no subjetivo de nossa mente, a razão ganha vida em uma estrutura, metodológica ou não, “axiomatizada” ou não, que lhe dá certa sustentação objetiva, e naturalmente tende a um corpo universal do conhecer, do saber, do buscar, do aprender, e do construir o conhecimento.

A razão e o Amor, ou é o amor racional

A razão, não pode ser ela, a causa para qualquer desumanidade ou maldade. Por mais que a falaciosa interpretação de que o coração seja mais humano que a razão, é exatamente a razão e a racionalidade quem pode exercer o papel de mediador consciente de nosso existir.

Morrer é algo tão natural

Morrer não é nada. Morrer é um nada que nos retorna ao nada eterno, ao nunca mais, à eternamente coisa nenhuma, a ausência de tudo e de qualquer coisa, mas nunca ao nada físico, pois que estaremos presentes como átomos, ou como partículas que nos compuseram para toda e eternidade, como sempre estivemos presentes como partículas desde o início e por todo o sempre, enquanto pelo menos este sempre real existir, até que o decaimento final, de tudo e de qualquer coisa se faça o fim material, mas mesmo neste cenário de absoluto final material, haverá de existir a flutuação quântica, o nada que é tudo, se não tudo, o nada que muita coisa é, o vácuo repleto de partículas virtuais, de energia escalar que seja, e deste nada que é por sí só muita coisa há de renascer um novo, ou novos mundos materiais, mas a morte mental, dos “eus” que me compõem serão uma verdade eterna, desde que eu me vá e por todo o sempre, seja o eterno o que quer que venha a ser, mas de qualquer forma, e por isto mesmo, a morte nada é, é o nada que me devolve para o nada que sempre fui antes de existir e que sempre existirá após eu me for, mas o mais curioso de tudo, é que jamais conhecerei a morte, como ela “me conhece”, pois que enquanto vivo nunca saberei em primeira pessoa o que é ela, e no exato momento em que a morte mental chegar, já não mais serei ninguém para saber o que ela é, apenas somos capazes de conhecer a morte em segundas e terceiras pessoas, a morte dos outros, a morte daqueles que vivos conhecíamos ou não, ou mesmo que amávamos, e como dói a morte daqueles que amamos.