A morte é o infinito do nada, a eternidade do que nunca mais será, para algo que por outra eternidade nunca foi, mas que se fez ser por um breve espaço de tempo.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
Alguém - Três provocações
Alguém acha sinceramente que abolir a escravatura foi o mesmo que realizar inclusão social?
Alguém realmente acha que oportunidades e tratamentos iguais para os desiguais é justiça social?
Alguém pensa sinceramente que o capitalismo esteja preocupado com o bem estar social e humano dos excluídos, a menos da necessidade e do uso de sua mão de obra barata, quase escrava, ou quando alguma insegurança civil pode provir destes excluídos, mesmo assim apenas para penalizá-los pelo que o próprio estado neoliberal deles fez.
Alguém realmente acha que oportunidades e tratamentos iguais para os desiguais é justiça social?
Alguém pensa sinceramente que o capitalismo esteja preocupado com o bem estar social e humano dos excluídos, a menos da necessidade e do uso de sua mão de obra barata, quase escrava, ou quando alguma insegurança civil pode provir destes excluídos, mesmo assim apenas para penalizá-los pelo que o próprio estado neoliberal deles fez.
domingo, 14 de dezembro de 2014
Muitos de nós
A maioria de nós acaba, de forma natural e talvez até mesmo
inconsequente, por dar muito valor a aquilo que não conseguimos obter em nosso
viver, e assim acabamos por não valorizar o que temos, nos esquecendo assim do
que deveríamos buscar ser, e nos apegando ao gostaríamos de ter, na vã
esperança de que merecemos ter.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
Vivo garimpando momentos felizes
Existem imbecis felizes e gênios infelizes, já falava isto, talvez entre outros, André Comte-Sponville, e creio que já, muito antes dele, outros já devem ter feito esta simples, mas marcante leitura do viver.
O mundo prima por uma “realização na média”, possui seus extremos é verdade, mas no geral a realidade do viver coletivo, caminha por um estado médio, mesmo que em alguns casos esta média esteja baixa demais. No geral, levamos uma vida na média, e como eu estou neste mundo, entendo que também minha vida deve estar na média (média de alegrias, médias de tristezas, media de dores, média de sofrimentos, média de derrotas, média esta não em relação a mim mesmo, como uma espécie de equilíbrio, não falei isto, mas sim uma média em relação a realização do viver coletivo), com algum desvio padrão em pontos específicos, e para que a média se apresente como tal, alguns desvios são para maior e outros devem ser para menor. Com isto não tento dizer e nem insinuar que todos vivemos na média, é bastante perceptivo que não, alguns acabam vivendo acima da média e outros abaixo da média, sem esforço algum somos capazes de perceber que muitas e muitas pessoas vivem na miséria, vivem abandonadas ou excluídas, vivem com doenças terríveis, vivem de forma desumana, mas sinceramente entendo que não é o meu caso, e que viva na média, quem sabe até acima da média.
sábado, 6 de dezembro de 2014
Silêncio e solidão
O silêncio total e absoluto nunca será nosso companheiro, pelo menos enquanto tivermos um mínimo de saúde mental. Sempre poderemos conversar conosco mesmo, mais ainda, sempre conversaremos conosco mesmos, pois que somos muitos em um, e mesmo que de forma inconsciente, um diálogo, algumas vezes nada saudável, acontece entre aqueles que nos compõem.
Infeliz daquele em que o silêncio e a solidão absolutas se apoderaram de si, sua mente se perdeu e seu viver se resume a sobreviver, a vegetar e a se perder no nada que está prestes a voltar a ser.
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
Acidentes por descaso
É bem verdade que uma quantidade enorme de acidentes
acontece por acaso, mas também é verdade que outra grande porção deles acontece
por descaso.
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Provocação:
É bonito falar que quando um não quer dois não brigam, mas em alguns casos quando um não quer, um bate e o outro apanha...
Para pensar...
Muitas vezes a inação, a fuga ou a tentativa de não se expor, nos expõe mais ainda a força truculenta do outro ou do sistema....
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
O impulso é mais forte
O impulso é mais forte, e mais impressionante e impactante do que a própria prática. O impulso, a vontade, o desejo, a paixão por fazer ou ter algo é de uma força incrível, nos levando muitas vezes a loucura de fazer e fazer, nos tornando cegos e vulneráveis a tentação. Como seria bom se pudéssemos ter verdadeira paixão pela vida, não pela nossa vida em si, mas pela sinfonia “entrelaçante” de vidas, de todos os tipos, por todo o nosso planeta terra. Como seria bom se fosse possível estar totalmente tomados pela tentação do bem conviver, de construir uma real comunidade social, universal, e em plena comunhão com a natureza.
domingo, 23 de novembro de 2014
Como acabamos por propor assertivas no mínimo incompletas
Como acabamos por propor assertivas no mínimo incompletas,
como verdadeiras, apenas porque justificam nossas crenças e nossos interesses
Como podemos utilizar argumentos aparentemente verdadeiros e
fieis para fazer provas mentirosas (com erro é claro). Canso de ler assertivas
falaciosas, postadas por pessoas sérias, sem interesse em mentir, apenas com
preguiça de pensar, e de se certificar quanto a lógica, a completude ou a veracidade
da afirmação. Muitas vezes, apenas por extrair do contexto uma assertiva que é
verdadeira, mas que incompleta.
sábado, 22 de novembro de 2014
Todos temos, será mesmo?
Mesmo não sendo únicos, sendo complexos, não existindo o real livre arbítrio, e não sendo reais donos de nossa consciência, todos temos nossos caminhos, se não nossos por escolha de nosso eu consciente, nossos por nossa mente, todos temos nossas escolhas, pois que o inconsciente é o nosso mais sincero eu, ou “eus”, assim todos temos nossos desafios e nossas inspirações.
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
Amo a vida, também pela morte
Caminho, todo dia, para a morte.
Sobrevivo, a cada instante, à morte.
Não espero nada da vida, depois da morte.
A única certeza que tenho, é a da própria morte.
Amo a vida, também pela própria morte.
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
No teatro de operações da vida
No teatro de operações da vida, somos múltiplos atores, temos múltiplos papeis, interpretamos múltiplos roteiros, atuamos em múltiplos scripts, fazemos múltiplas figurações, compomos múltiplos enredos.
No teatro de operações da vida, somos múltiplos seres, sendo a cada momento apenas um, que emerge da complexidade múltipla do processamento funcional de nosso cérebro. Da multiplicidade de seres mentais que somos, compõem-se um único corpo mental, onde apenas um, de cada vez, é, e onde todos os outros lutam continuamente para sê-lo.
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
domingo, 9 de novembro de 2014
O mundo não espera nada de nós
O mundo não espera nada de nós, e nós também dele nada devemos esperar. O mundo simplesmente é, existia muito antes de nós, e vai continuar existindo muito depois de nós. Ele de nós, nada precisa, nós é que dele necessitamos. Nós nunca destruiremos o mundo, o universo é muito mais que nós, podemos sim destruir ecossistemas, modificar o clima, estressar sua (de nossa terra) capacidade de recuperação imediata, mas o mundo em si permanecerá, estamos apenas destruindo nossa capacidade de sobreviver, estamos destruindo vidas, sim, muitas delas, mas a vida é prolixa em se adaptar, minhas amadas bactérias dão um show de gala na capacidade de se adaptar e recomeçar de onde achávamos impossível existir vida, dos estremófilos até a bactérias que recompõem seu dna, mesmo destruído por incidência de raios gama. Estas danadinhas são brilhantes, como não amá-las, como não amar a essência da vida...
Igualdade
Igualdade de tratamento é uma forma desigual de tratar os desiguais... Quando falo que defendo, e defendo sim, a igualdade (da mesma forma que defendo abertamente a liberdade responsável), falo da igualdade, não como padronização de características, pensamentos, realizações de vida ou existências; falo da igualdade como status social e econômico final, como situação a ser buscada a todo o custo, onde todos sejamos iguais sendo diferentes, sendo cada um o que é, e não, o que é diferente, a aplicação fria de tratamento igual e de oportunidades iguais aos socialmente e economicamente desiguais, pois que isto apenas agrava a desigualdade social como resultado final. Por favor, deixe-se claro que falo da igualdade como fim da desigualdade social, incluídos e excluídos, miseráveis e ricaços, com direito a segurança e sem direito, com direito a bons serviços de saúde e sem direitos, com direito a moradias e sem direito, com participação do estado e com abandono do estado, e por aí vai. Sempre defenderei os desiguais em características próprias, em personalidade, em condição de seu ser, ou em qualquer outro motivo. Tenho plena percepção de que são os desiguais em realização plena de seu ser, neste caso, que dão força a sociedade, que permitem melhores ideias e assim por diante, minorias ou maiorias, todos são necessariamente dignos, e o estado deve impor-se na defesa de seus direitos, e cada um e todos nós deve respeita-los acima de tudo.
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
Entender o intuitivo é fácil
Entender o intuitivo é fácil. Entender o que nos parece óbvio é mais fácil ainda. Agora, entender não somente cada fenômeno em si, mas o submundo da realidade que possibilita o fenômeno, entender que nada precisa ser intuitivo para ser real, e que a realidade como a percebemos é subjetiva, por mais objetiva que nos pareça, pois que nunca tomamos conhecimento do mundo externo de forma direta e objetiva, e somente o conseguimos de forma subjetiva, como resultado da emergência funcional de nosso cérebro, pois toda percepção, sentimento, ou mesmo intuição, é construída mentalmente, e elevada ao nível de consciência pelo processamento neural, assim tudo que sentimos, ou percebemos, está para sempre no passado e coberto de nós mesmos, de nossos conceitos e preconceitos, coberto pelo que aprendemos, coberto de filtros, conscientes ou não, e a maioria deles inconsciente. Isto não significa dizer que o mundo ou a verdade absoluta não existam, que são construções subjetivas. Devemos de ter o devido cuidado de separar a realidade em si, o material, e as consequentes verdades físicas, da percepção que delas construímos, estas sim são subjetivas.
domingo, 2 de novembro de 2014
Todo saber tem um preço
Todo saber tem um preço, e todo preço, sabe-se, requer algum saber para ser bem pago, ou poderemos estar pagando por algo sem valor, ou mesmo falso.
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Eu não vivo porque sou
Eu não vivo porque sou, mas eu sou porque vivo. O viver sempre precede o ser, ninguém é ou pode ser, sem viver. O ser e o viver são ambos naturais, entretanto, para ser, para ser algo mental, e não mera composição de matéria natural, preciso viver. Por sorte um morto também é, mas é apenas um corpo material desprovido de mente. A tentação é enorme para falar um corpo sem vida, mas mesmo naquele corpo morto, enquanto se decompõe existe uma profusão de vida bacteriana, talvez mesmo alguns vermes e etc., mas com certeza não há nele nenhuma vida que poderíamos definir como humana, não há nele nenhuma existência do ser que ele foi, pois que a morte simplesmente pôs fim a qualquer existência deste ser.
domingo, 21 de setembro de 2014
Não sei se sou
Não sei se sou, sei que realizo algo do que sou, mesmo que não saiba exatamente o que seja, e nem tudo que realmente seja.
Não sei se sou, creio unicamente saber que tanto eu quanto os outros apenas me conhecerão em parte, e nunca saberemos quem realmente possa ser, ou realmente se sou o que aparento ser.
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
Sou um eterno refém
Sou eterno refém de tudo que não fiz, sou um abandonado dos muitos que me fizeram ser o que sou e que me compõem, sou um perdido de mim mesmo na loucura real da irrealidade subjetiva que percebo, sou viúvo morto na morada introspectiva de todos que sou, sou enfim mutável e mutante, induzível e indutor, transformado e transformador, complexo e complicador, amado e amante, sou muito mais do que percebo ou do que de mim percebem, sou consciente e muito mais inconsciente, sou verdade e mentira sendo fruto fatal de um nada que fui e que emergiu naturalmente da complexidade neural de meu circuito cerebral, sou revoltado e revoltante, sou um ninguém que é tudo para mim, sou esponja e espelho, sou o que penso, o que sequer sei que penso e sou as ações, atitudes e comportamentos que com ou sem pragmatismo realizo. Sou assim humano, quase humano e horas desumano, mas sou aquele que busca ser um ser social na individualidade coletiva que me move e na qual estou imerso. Sou assim um ser social, um ser do grupo, e muitas vezes um ser local e individual, mas sou um ser que ainda se revolta, se não ainda o suficiente, mas que busca respeitar a todos. Sou assim um ser natural que muitas vezes se esquece disto, pois que da natureza vim e para a natureza retornarei, mesmo sabedor de que o meu eu não mais existirá quando me for, ou melhor quando minha matéria a natureza retorne.
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Filhos, educação, sobrecarga com descaso
Tenho certeza que estarei escrevendo algo que poderá gerar algum mal entendido ou controvérsia, mas mesmo assim não deixarei de escrever. Começarei falando que entendo falacioso, ou no mínimo algo de certo mal entendido acreditar diretamente que mais horas de escola signifique melhor ensino. Entendo que deva existir um mínimo de horas, mas nenhuma sobrecarga de horas focadas unicamente no ensino pode significar uma melhora direta no ensino. Eu não sou necessariamente um destes. Uma escola de período integral implica em necessidade de infraestrutura, pessoal e equipamentos. Para alguns pais o que menos importa é a educação, pois que existem pais, e infelizmente muitos deles, que apenas desejam se “livrar” de seus filhos depositando-os em escolas de período integral, e assim se isentam, por todo o dia, da responsabilidade pelo cuidado, pela educação, e pela instrução e sociabilização de seus filhos, como que passando toda a responsabilidade para a escola. Outros pais o fazem por total impossibilidade familiar de ter alguém que possa acompanhar seus filhos em parte do dia. É importante dizer que não sou contra escolas de tempo integral, pelo contrário sou a favor, sou contra sim depósitos escolares de tempo integral. Uma escola, qualquer escola que ofereça ensino em tempo integral, necessita, ao meu ver, de ter uma boa parte do tempo alocada a lazer, distração, artes, música, dança, teatro, laboratórios, pesquisa científica, e etc., isto implica em espaço físico próprio para cada uma das diferentes atividades, e mestres ou instrutores preparados e motivados, além de turmas limitadas. Entendo que o ideal seriam escolas de turno único, é verdade, mas tendo seu turno com cerca de no máximo 7 horas, assim ousaria propor como um horário típico o das 9 horas até às 16 horas. Também entendo que este horário é péssimo para a maioria da população trabalhadora que por necessidade e dificuldade acaba gastando mais de 10 horas por dia com trabalho, em alguns casos mais até de 12 horas quando envolvemos os deslocamentos de ida e volta ao trabalho. Não dá para segregar o problema da educação, de um compromisso social, político e econômico sério. Por melhores e mais dedicados que sejam os professores, falar de Educação sem aderência a um plano sério político, econômico e social, é brincar de fazer educação. De nada adianta professores motivados, bem intencionados, preparados e dedicados, se em muitos casos o estado olha para a escola, não como uma Escola, não como um local sério, como um templo corresponsável pelo preparar integralmente seres humanos, um local preparador de indivíduos, de seres humanos completos, de seres capazes de pensar e criticar, mas sim, olha para as escolas, como locais de guarda de crianças para que a mão de obra barata de seus pais possa simplesmente exercer sua função capitalista de ajudar na geração e acumulação de riquezas para os que se locupletam com sua mão de obra barata, e olha para a educação como um simples repetidor, um perpetuador do que já agora é, na mera criação de nova mão de obra barata e incapaz de pensar por si só. E os professores, aqueles que trocam vida, compromisso e comprometimento com as crianças e os jovens, acabam por ficar numa situação onde desejam ser mestres, parceiros, fonte de exemplos e motivadores na caminhada destas crianças e jovens, mas falta-lhes suporte do estado, infraestrutura e vontade política de tornar entrelaçado políticas de Educação com políticas sociais e econômicas.
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
Sonhar
Sonhar é livre, viver imerso no sonho é se omitir do real.
Sonhar é bom, viver do sonho é se perder de realizar o real.
domingo, 31 de agosto de 2014
Nunca antes, nunca depois
Nunca antes, nunca depois. Se a transformação é possível, ela deve sempre começar na realização do agora, do eterno momento presente que se descortina para o depois, para o amanhã. Toda transformação, tem seu preço, e deve ter início em nós e por nós, não unicamente para nós. Toda transformação deve renascer de dentro, de dentro de cada um de nós, para que nasça e floresça de dentro da sociedade. Não existe transformação que venha de fora, existe medo, costume, interesses ou cultura, a transformação deve nascer do submundo de nosso ser, dando formas ao submundo da sociedade para que de dentro para fora a transformação tenha efeito, e esta mudança nunca ocorrerá no antes, pois que já é passado, e nunca ocorrerá no depois, posto que ainda é futuro e pode nunca chegar, ela sempre deve ocorrer no âmbito do real, não do ideal, ela deve ser construída no aqui e no agora (do aqui e do agora), do presente do que somos para o presente do que queremos ser, da sociedade que temos para a sociedade que desejamos ter, do humano que realizamos para o humano que desejamos realizar, do ser que estamos para o ser que queremos atingir, de mim, por mim mas para todos.
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Pareço
Pareço um pouco do que sou, pois sendo, pareço ser aquilo do que me faz ser, mas no fundo, não sei se sou o que pareço parecer, e sequer sei se pareço o que sou, simplesmente porque pouco sei do que, no submundo do que sou, realmente seja. Não que seja falso, não que seja louco (talvez um pouco), pelo menos não totalmente, não que seja um sem rumo, apenas não consigo, e sinceramente creio que ninguém consegue, saber em essência tudo que se é, e assim, jamais saberei se pareço ser o que realmente sou, ou apenas sou, mesmo sem parecer.
terça-feira, 26 de agosto de 2014
Crer a margem da racionalidade
Somos tolos quando acreditamos em algo à margem da racionalidade, independente de uma análise crítica, a revelia da lógica natural, ou contrariamente a alguma comprovação sustentada por evidências positivas da ciência, mas somos mais tolos ainda se acreditamos que temos respostas ou provas puramente racionais ou científicas para tudo.
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Viver agindo e pensando
Livres pensadores, livremente pensam. Filósofos realizam o viver pensando e repensando. Revoltados agem e desconstroem para construir. Agora um livre pensador, filósofo e revoltado, vive agindo e pensando, pensa vivendo e agindo, e age pensando e vivendo.
sábado, 23 de agosto de 2014
A verdade
A verdade é aquilo que somente um deus perceberia, sentiria, veria, ou saberia, se algum deus realmente existisse, todo o resto é mera interpretação desta verdade, aproximação ou simplificação daquela verdade absoluta em si mesma, ou então é uma falsidade pura, uma mentira aberta. Isto não significa que não sejamos capazes de termos conhecimento completo de algumas verdades, o que nos faltará é a certeza de que seja aquilo que sabemos, toda a verdade. Caso mais aprofundemos nossa viagem pelo submundo da realidade, ou se alterarmos a ordem de grandeza de nossa análise, podemos acabar nos deparando com mais verdades, ou alterações naquela verdade que julgávamos saber.
domingo, 17 de agosto de 2014
A racionalidade pode ser independente do paradigma da consciência
O estudo da consciência é para mim de suma importância, principalmente para desmistificar alguma transcendência do ser, alguma “sobrenaturalidade” do ser eu, minimizando a importância da consciência frente ao subconsciente dos múltiplos eus, ou pedaços de eus, que me habitam, mas o paradigma da consciência, mesmo que ainda longe de uma certeza absoluta, não impede, ou não distorce o entendimento e o conceito da racionalidade, posto que este, o racional, não obstante ser praticado por um sujeito, subjetivo em si mesmo, não é, não deve, e não pode ser subjetivo em si mesmo, a menos do fato de ter de aceitar como verdadeiras e aceitáveis as decisões que apenas como você podem ser equalizadas e acordadas.
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Nunca serei plenamente feliz
Uma vez que não posso, nunca poderei, ser plenamente feliz, pois o sofrimento, não necessariamente o meu, mas o de milhões de irmãos em espécie, me impossibilita disto, a menos que abrisse mão de algum comprometimento social e humano, assim, já me contento plenamente em não ser infeliz. Uma vida com alguns momentos felizes, e com o mínimo de infelicidade, já me é um viver agradável, digno, humano e o que é mais importante, possível, e suportável. Se longe do ideal, mas perto do tolerável, mas é bom que assim o seja, pois que, sentir a dor dos outros, sofrer indiretamente com eles, sentir o incomodo deste sofrimento, é necessário para que não nos isolemos da dor alheia e não nos omitamos de nos expor por alguma transformação nossa e desta realidade.
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
O agora
Solitário? Às vezes, entretanto nunca abandonado dos muitos que sou.
Olho para a sociedade e percebo muito do descaso humano que cada vez mais se faz lugar comum em nossa caminhada.
Vejo a sociedade solitária? Certamente que não. Também não vejo seres solidários, talvez alguns, vejo grupos, percebo interações, mas não percebo, como coisa comum, solidariedade, altruísmo, empatia, ou benevolência e respeito social.
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
Somos
Somos um pouco de muitas coisas, entre elas somos um muito daquilo que nos lembramos, consciente ou inconscientemente. Somos também aquilo que esquecemos, e também um que daquilo que não queremos lembrar, e para complicar somos sempre um algo novo, diferente daquilo que acabamos de ser. Somos parte consciente, e em muito maior parte somos inconsciente, não por sermos necessariamente alienados, mas sim porque somos o que se processa no submundo inaudível do nosso circuito neural. Somos uma revolução sináptica ocorrendo em tempo real, somo uma mente que se transforma por transformação de nosso cérebro. Somos assim, em essência, eternos desconhecidos, eternos “mutantes” enquanto seres mentais.
sábado, 2 de agosto de 2014
A eternidade do antes
A eternidade do antes de nós, para nossa subjetividade do viver, é um nada, nunca existiu em verdade para nós, para nosso psíquico, para nossa experimentação. Foi um nada de tempo, um nada de espaço, um nada de energia, um nada de matéria, nada do todo, nada no todo, e um nada de nada, um momento, um instante, que nada foram, um nada em nossa realidade que inclui o antes de nós, e incluirá também o depois de nós, que outro nada, para nós, será, nenhum instante. Para nós nunca existiu o antes de nós e nunca existirá o depois de nós.
quinta-feira, 31 de julho de 2014
Eu não vivo porque sou
Eu não vivo porque sou, mas eu sou porque vivo.
Eu não sou ideal, místico ou transcendental, eu sou real, material, físico e imanente.
terça-feira, 29 de julho de 2014
Política
Política é nobre, política é vergonhosa, politica é necessária, politica é desnecessária, politica é a salvação, politica é a perdição....
Politica: “….Política é a habilidade para tratar das relações humanas com o objetivo de obter os resultados desejados. Ainda, segundo Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, é a ciência dos fenômenos referentes ao Estado. Um sistema de regras relativas à direção dos negócios públicos...”.
sábado, 26 de julho de 2014
Poder
Induzido por uma colocação de Foucault, ouso dar a ela uma roupagem minha:
Onde há poder, qualquer tipo de poder, aí há o germe da rejeição e da discórdia, e aí fermentará a possibilidade de revolta.
quarta-feira, 23 de julho de 2014
A Vida
A vida é muitas coisas, entre elas a vida, a nossa vida, o viver esta vida é algumas vezes entendido também como uma espécie de jogo, cujo último lance é aquele que nos tira eternamente deste jogo. Seria a vida é um jogo real? Daqueles que se joga em tempo real? Diferentemente de um jogo em si, o nosso viver não possui nenhum "reset", a perda, o sofrimento e a dor são reais, entretanto, reais também são a alegria, a satisfação, a felicidade e o amor.
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Se você pensa que sabe o que eu sou
Se você pensa que sabe o que é que eu sou, talvez eu seja, talvez já o tenha sido, talvez venha um dia a sê-lo, ou mesmo talvez seja em parte, ou parte do que sou seja o que pensas que sabe. O “volume” espaço-temporal que ocupo, ou do qual sou um elemento participante, enquanto existo, pode não ser “volumoso” o bastante para permitir que a probabilidade de eu ser, ter sido, ou vir a ser o que pensas, possa se realizar. Não se sinta triste por isso, eu também acho que sei o que eu sou, quem eu sou, e o como eu sou, mas é um ledo engano, eu sei somente parte do que sou, muitas vezes apenas acho que sei o que sou, do como sou e do quem sou, não sendo exatamente como penso, mas assim somos todos nós.
terça-feira, 15 de julho de 2014
Certo
Certo?
Muitas vezes sequer temos certeza de que erramos, não percebendo nossos erros, e mesmo quando nos apontam estes, encontramos desculpas e justificativas para, mesmo contra evidências, nos enganarmos de que não erramos. Outras vezes somente percebemos nossos erros, ou que estamos próximos do erro, quando o erro já é certo, ou quando o erro não mais pode ser evitado e já é, ou será, um erro de fato. Sim, erramos, conscientes ou inconscientes, aceitando ou discordando erramos, e certo é que cada erro cria raízes, inicialmente superficiais, que deixará legado, e que maculará com sequelas todo o porvir.
segunda-feira, 7 de julho de 2014
Viver não é simples
Contrariando alguns, entendo que viver nunca foi simples. Entendo que simples é morrer. Um instante sou parte do tudo, e no outro instante sou parte do nada. A simplicidade da morte nos assusta, não pela morte em si, mas pelos apegos que temos em vida. Temos medo da morte, creio eu, porque entre muitas outras coisas nunca vivemos plenamente, simplesmente porque viver é difícil, e viver plenamente, frente a turbulenta realidade existente, é praticamente impossível.
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Enxergar deve ter sido realmente muito importante
Enxergar deve ter sido realmente muito importante para a sobrevivência ao longo dos muitos e muitos milhões de anos, e o foi. Toda e qualquer vantagem evolutiva na percepção dos predadores e das presas, dos caçadores e das caças, e mesmo para os coletores na mais fácil percepção de frutos, folhas, grãos ou raízes, era uma vantagem aproveitada para a sobrevivência e para a procriação. Uma prova disso é a quantidade de diferentes vezes em que a visão, em inúmeros diferentes graus de sensibilidade e foco evoluiu, em diferentes espécies, em diferentes tipos de “olhos”, e em diferentes épocas. Olhos estes que variam de simples superfície foto sensível, até olhos bem elaborados e suportados por um circuito neural variado, circuito este que no animal homem possui cerca de 30 diferentes áreas cerebrais envolvidas no processo da visão. “Visão” esta que varia de mera percepção a um comprimento de onda, até a capacidade de criar uma percepção imaginaria da própria visão, que encontra na espécie homo sapiens a capacidade de visualizar uma cadeira com asas voando, ou mesmo um cavalo alado como se o estivéssemos vendo em realidade. Como um exemplo rápido da variedade de olhos e processos de visão podemos citar olhos do polvo e o do homem, animais tão díspares, cabendo informar que o último espécie comum entre o polvo e o homem era um animal aquático sem olhos, o que demonstra que a evolução independentemente selecionou o olho-visão como realmente algo importante, não uma vez, mais diversas vezes.
terça-feira, 24 de junho de 2014
Direito a liberdade de expressão
O direito a liberdade de expressão, e a defesa ao direito a liberdade religiosa permitem que muitos escrevam textos, alguns do ponto de vista plásticos maravilhosamente lindos, acerca de deus, de um deus, da fé, do místico e etc. Agora, o direito a liberdade religiosa há de incluir também o direito a liberdade de não religião, de não crença, seja de algum materialismo, ateísmo ou mesmo agnosticismo. Antes que me critiquem, eu sei que todo materialista há de ser ateu, mas o contrário não é uma verdade absolta, nem todo ateu há de ser materialista, por isso preferi incluir as duas colocações.
terça-feira, 17 de junho de 2014
Estranho
Horas sou um estranho que se esconde na vergonha de não ser o que sou, e outras horas sou um estranho que não sendo se esconde no que sou.
Sou enfim um estranho em plena falsidade de não ser o que deveria ser, verdadeiro apenas em plena síntese da omissão irresponsável de mim mesmo, frente ao social, ao humano e ao natural.
O estranho, é que não mais estranho, ser estranho ao que eu deveria ser.
quarta-feira, 11 de junho de 2014
Uma sociedade
Uma sociedade que silencia o humano pelo econômico é uma sociedade que exclui e segrega, e não sente vergonha, nojo e nem revolta por sua desumanidade, seu compromisso com o econômico e sua nova aliança com o individualismo.
domingo, 8 de junho de 2014
Linguagem
Entendo ser impossível pensar racionalmente sem uma linguagem. Para mim é a linguagem, o nosso principal diferencial. Talvez até mesmo a tão decantada inteligência seja em si menos importante como diferencial, do que a linguagem, ou seja ela somente é possível em todo o seu esplendor, graças a uma linguagem. Possivelmente, pode até ser admissível que um elefante possua mais poder geral de processamento cerebral que o homem, mas como não desenvolveu a linguagem predicativa e complexa, seu potencial de processamento fica subutilizado.
quinta-feira, 5 de junho de 2014
Prefiro
Prefiro uma solidão atuante, à hipocrisia dos falsos amigos.
Prefiro o isolamento de quem faz, à impostura de muitos humanos.
segunda-feira, 2 de junho de 2014
Realidade e Análise Crítica
Como humanos, acertamos e erramos, somos subjetivos, mesmo em nossa objetividade, e somos limitados, múltiplos e fatais. Como humanos, somos seres sociais, que possuem a curiosidade como uma virtude, e o amor como uma construção. Mesmo que esqueçamos que somos responsáveis pelo ambiente social em que vivemos, que abramos mão da curiosidade frente ao que sabemos e não sabemos, ou que nos omitamos em plena inação de não construir em nós o amor pelos outros, isso não nos omite de mesmo assim sermos responsáveis direta ou indiretamente pelo sistema que aqui está, pela capacidade de sermos ousados curiosos na busca de alguma verdade e conhecimento, ou pela falta de amor e respeito pelos semelhantes e pela natureza. Muitas vezes nos escondemos por detrás de verdades absolutas reveladas ou postadas por detentores do poder ou de autoridades do saber, por acreditar que assim estamos fazendo o melhor para nós mesmos, nos resguardando ou nos salvando para o depois, quando deveríamos de verdade buscar ajudar, salvar, proteger, ou nos comprometer com a justiça e a inclusão social dos outros, com o fim da opressão e da exploração, e com a distribuição humana de bens, oportunidades e bem estar social. Aqueles de nós que possuem certezas absolutas de tudo, absolutamente ignoram seu limite. A curiosidade nos move à frente, nos faz vanguardeiros na busca de real conhecimento, e aliada com o ceticismo, este potencializa e dá mais vida à curiosidade, e naturalmente nos forçam a ir mais longe e a buscar com maior dedicação e coragem algum conhecimento. Agora, somente conhecimento é de pouca valia, pois que somente a ação, o comportamento e o comprometimento podem realmente fazer bom uso do conhecimento, pela dignidade humana e social, e pelo bem de todos e da natureza.
quarta-feira, 28 de maio de 2014
Em minha juventude: Vencer
Escrito em 15 de Setembro de 1979.
Vencer
Vencer não quer dizer vencer sempre, muito menos nunca vencer. Sequer sei exatamente o significado real de vencer, pois graças a dinâmica e ao estado caótico que é o viver, vencer deve ser algo passageiro, e deve ter um sentido transitório, mas vencer nunca pode significar ou ser decorrente de desumanização dos outros, do desrespeito humano, ou da desagregação social. Vencer não pode também ser decorrente da destruição de nosso planeta, seja vencer que significado, em verdade, tiver.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
O universo não é o auge da perfeição
O universo não é o auge da perfeição. O universo é simplesmente o universo, ele é, ele está, ele existe, e é real. A perfeição inexiste como absoluto, então, somente por isso o universo em si não pode ele ser auge de perfeição alguma. Mas não só por isto o universo não é perfeição alguma, e nem poderia sê-lo, mesmo que perfeição pudesse existir. Não existe no universo meta alguma, projeto algum, ou desígnio algum, ele apenas reflete o que é, sem justiça, sem moral, sem valores, e sem maiores preocupações com sua existência, com nossa existência, ou seu impacto. O universo não transcende, ele é imanente, ele não pensa, ele não sente, ele não afirma e muito menos mente, ele não concorda e também não desmente, o universo não é nossa mente, mas ele permite nossa mente, não porque tenha interesses, mas sim porque suas leis, sua composição e sua realidade se adequa a possibilidade de existência de vida e desta, permite a biologia cerebral, e desta biologia possibilita meios materiais de suporte a emergência da mente, e desta o pensar, o sentir, o ser, a empatia, e o racionalizar, mas permite também o ódio, a maldade, a mentira (e nós somos muito bons em mentir), as vaidades, a falsidade, a prepotência e o desejo de poder.
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Viver
Viver humanamente é ter a certeza de que é o suporte material do corpo que possibilita a emergência da mente e dos seres, e tudo isto somente é possível pela natureza, não menos material, de tudo o que existe. Até o pensamento, os sentimentos e as emoções, em sua aparente volatilidade decorrem de processos materiais, sendo a nossa existência totalmente dependente da natureza real. A própria “natureza humana” somente é possível porque existe a natureza real como suporte, somos totalmente dependentes da natureza, mas a natureza é independente de nós. Viver é sempre biológico, pelo menos por enquanto, e pelo que conhecemos, parte corporal e parte mental, parte física e parte subjetiva, mas mesmo a parte subjetiva somente é possível graças ao suporte físico que a possibilita. E o paradoxo desta realidade, é que não obstante tudo o que existe ser real, ninguém, nenhum ser humano, percebe o mundo real que o cerca a não ser de forma indireta e subjetiva, mas isto não significa que o viver seja subjetivo, ideal ou transcendental, o viver, todo o viver é real.
terça-feira, 20 de maio de 2014
Não pode importar
Não pode importar nossa origem.
Não deveria importar nossa crença.
Não merece importância nossa classe social.
Não faz sentido valorar as opções sexuais, a cor ou o gênero.
Deveria apenas importar nossa humanidade, nossas realizações e a forma como construímos nosso viver.
Assinar:
Postagens (Atom)