domingo, 26 de abril de 2015

Respeito à vida

Se alguns religiosos se dedicassem a transformar a desumanidade social que construímos em algo mais digno socialmente, com o mesmo empenho e foco que se dedicam a orar e a temer a um deus invisível, talvez pudéssemos viver em um mundo mais humano. Neste caso, se deus realmente existisse, ficaria muito feliz por que aqueles teriam investido tempo e esforço na dignificação de sua criação, a natureza e a humanidade. 

Se alguns humanistas seculares, céticos ou grandes pensadores se dedicassem também a transformar o mundo e a nossa humanidade, mais do que se dedicam a discussões teóricas, ou a filosofar, sem nada construir, também seriamos uma sociedade muito mais humana, e talvez pudéssemos ter muito menores índices de abandono, e exclusão social.   

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Faz falta

Um pai faz falta? Claro que faz. Uma mãe faz falta? Como faz. Entretanto, muito mais falta faz uma sociedade que zele e preze por uma real inclusão social. Muito faz falta uma sociedade humana na qual o ideal maior seja a dignificação de todos e, na qual, todos tenham acesso a valorização de suas vidas e ao respeito mútuo. Um pai e uma mãe, não obstante a grande falta que possam fazer, na certeza de que nunca serão plenamente substituíveis, quando foram realmente pais e mães de verdade, são parcialmente substituíveis em uma criação digna e honrada, se a sociedade como um todo for digna e honrada. Onde faltar respeito à vida, consideração ao ser vivente, estima e valorização pela natureza, e faltar real apreço pela dignificação social de todos, nem mesmo um pai e uma mãe, talvez, sejam suficientes.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Muito além do espelho mágico

Nem muito além do espelho mágico que construímos para nos vermos como dignos e bons, para que não vejamos a miséria humana em nós e nos outros, vagam ondas de desespero, abandono e exclusão.

Criamos ao longo do tempo, deuses para nos valorizar, para dominar os mais humildes, e para subjugar, pelo medo, toda uma enorme população.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Tempo, o "caminho" da morte

O tempo é o caminho ilusório que nos leva à realidade da morte, dando continuidade à entropia natural, que a biologia ousa encarar, sendo o mistério do “tempo” o caminho natural até a morte. A inexistência de um tempo que flui, flui em nossa mente como uma realidade fluídica, que leva a realidade da morte, que sendo certa, ninguém a experimentou em primeira pessoa, pois que vivo não sabemos o que ela é, e no exato momento que morremos, não mais existimos para saber o que ela seja.


domingo, 12 de abril de 2015

Problemas

Problemas? Todos temos. Desistir? Jamais.  Depositar energias na pura esperança? Nunca. Entendo ser perda de tempo, como entendo ser meio caminho para o sofrimento. Ter a ousadia para superar, ou contornar os problemas, pode também não ser suficiente para transformá-los, ou modificá-los ao nosso favor, mas com certeza nada fazer, ser omisso ou indiferente aos problemas, não os enfrentando de corpo e alma, é dar ao problema o poder de perpetuação. Aceitar que teremos problemas não é sinal de fraqueza, nem de entrega antecipada, é ter a consciência de que a vida é complexa e caótica, e muito do que nos acontece independe diretamente de nossa ação, mas com certeza a inação é a pior alternativa, devemos aceitar que os problemas existem, e racionalizar formas de contorná-los, superá-los, minimizá-los, ou de aprender a conviver com eles, quando estiverem fora do nosso escopo de ação.   
Problemas, todos os temos. Desistir, jamais.