domingo, 31 de agosto de 2014

Nunca antes, nunca depois


Nunca antes, nunca depois. Se a transformação é possível, ela deve sempre começar na realização do agora, do eterno momento presente que se descortina para o depois, para o amanhã. Toda transformação, tem seu preço, e deve ter início em nós e por nós, não unicamente para nós. Toda transformação deve renascer de dentro, de dentro de cada um de nós, para que nasça e floresça de dentro da sociedade. Não existe transformação que venha de fora, existe medo, costume, interesses ou cultura, a transformação deve nascer do submundo de nosso ser, dando formas ao submundo da sociedade para que de dentro para fora a transformação tenha efeito, e esta mudança nunca ocorrerá no antes, pois que já é passado, e nunca ocorrerá no depois, posto que ainda é futuro e pode nunca chegar, ela sempre deve ocorrer no âmbito do real, não do ideal, ela deve ser construída no aqui e no agora (do aqui e do agora), do presente do que somos para o presente do que queremos ser, da sociedade que temos para a sociedade que desejamos ter, do humano que realizamos para o humano que desejamos realizar, do ser que estamos para o ser que queremos atingir, de mim, por mim mas para todos.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Pareço

Pareço um pouco do que sou, pois sendo, pareço ser aquilo do que me faz ser, mas no fundo, não sei se sou o que pareço parecer, e sequer sei se pareço o que sou, simplesmente porque pouco sei do que, no submundo do que sou, realmente seja. Não que seja falso, não que seja louco (talvez um pouco), pelo menos não totalmente, não que seja um sem rumo, apenas não consigo, e sinceramente creio que ninguém consegue, saber em essência tudo que se é, e assim, jamais saberei se pareço ser o que realmente sou, ou apenas sou, mesmo sem parecer.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Crer a margem da racionalidade


Somos tolos quando acreditamos em algo à margem da racionalidade, independente de uma análise crítica, a revelia da lógica natural, ou contrariamente a alguma comprovação sustentada por evidências positivas da ciência, mas somos mais tolos ainda se acreditamos que temos respostas ou provas puramente racionais ou científicas para tudo.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Viver agindo e pensando

Livres pensadores, livremente pensam. Filósofos realizam o viver pensando e repensando. Revoltados agem e desconstroem para construir. Agora um livre pensador, filósofo e revoltado, vive agindo e pensando, pensa vivendo e agindo, e age pensando e vivendo.

sábado, 23 de agosto de 2014

A verdade

A verdade é aquilo que somente um deus perceberia, sentiria, veria, ou saberia, se algum deus realmente existisse, todo o resto é mera interpretação desta verdade, aproximação ou simplificação daquela verdade absoluta em si mesma, ou então é uma falsidade pura, uma mentira aberta. Isto não significa que não sejamos capazes de termos conhecimento completo de algumas verdades, o que nos faltará é a certeza de que seja aquilo que sabemos, toda a verdade. Caso mais aprofundemos nossa viagem pelo submundo da realidade, ou se alterarmos a ordem de grandeza de nossa análise, podemos acabar nos deparando com mais verdades, ou alterações naquela verdade que julgávamos saber. 

domingo, 17 de agosto de 2014

A racionalidade pode ser independente do paradigma da consciência

O estudo da consciência é para mim de suma importância, principalmente para desmistificar alguma transcendência do ser, alguma “sobrenaturalidade” do ser eu, minimizando a importância da consciência frente ao subconsciente dos múltiplos eus, ou pedaços de eus, que me habitam, mas o paradigma da consciência, mesmo que ainda longe de uma certeza absoluta, não impede, ou não distorce o entendimento e o conceito da racionalidade, posto que este, o racional, não obstante ser praticado por um sujeito, subjetivo em si mesmo, não é, não deve, e não pode ser subjetivo em si mesmo, a menos do fato de ter de aceitar como verdadeiras e aceitáveis as decisões que apenas como você podem ser equalizadas e acordadas. 

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Nunca serei plenamente feliz

Uma vez que não posso, nunca poderei, ser plenamente feliz, pois o sofrimento, não necessariamente o meu, mas o de milhões de irmãos em espécie, me impossibilita disto, a menos que abrisse mão de algum comprometimento social e humano, assim, já me contento plenamente em não ser infeliz. Uma vida com alguns momentos felizes, e com o mínimo de infelicidade, já me é um viver agradável, digno, humano e o que é mais importante, possível, e suportável. Se longe do ideal, mas perto do tolerável, mas é bom que assim o seja, pois que, sentir a dor dos outros, sofrer indiretamente com eles, sentir o incomodo deste sofrimento, é necessário para que não nos isolemos da dor alheia e não nos omitamos de nos expor por alguma transformação nossa e desta realidade. 

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O agora

Solitário? Às vezes, entretanto nunca abandonado dos muitos que sou.
Olho para a sociedade e percebo muito do descaso humano que cada vez mais se faz lugar comum em nossa caminhada.
Vejo a sociedade solitária? Certamente que não. Também não vejo seres solidários, talvez alguns, vejo grupos, percebo interações, mas não percebo, como coisa comum, solidariedade, altruísmo, empatia, ou benevolência e respeito social.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Somos

Somos um pouco de muitas coisas, entre elas somos um muito daquilo que nos lembramos, consciente ou inconscientemente. Somos também aquilo que esquecemos, e também um que daquilo que não queremos lembrar, e para complicar somos sempre um algo novo, diferente daquilo que acabamos de ser. Somos parte consciente, e em muito maior parte somos inconsciente, não por sermos necessariamente alienados, mas sim porque somos o que se processa no submundo inaudível do nosso circuito neural. Somos uma revolução sináptica ocorrendo em tempo real, somo uma mente que se transforma por transformação de nosso cérebro. Somos assim, em essência, eternos desconhecidos, eternos “mutantes” enquanto seres mentais.

sábado, 2 de agosto de 2014

A eternidade do antes

A eternidade do antes de nós, para nossa subjetividade do viver, é um nada, nunca existiu em verdade para nós, para nosso psíquico, para nossa experimentação. Foi um nada de tempo, um nada de espaço, um nada de energia, um nada de matéria, nada do todo, nada no todo, e um nada de nada, um momento, um instante, que nada foram, um nada em nossa realidade que inclui o antes de nós, e incluirá também o depois de nós, que outro nada, para nós, será, nenhum instante. Para nós nunca existiu o antes de nós e nunca existirá o depois de nós.