quinta-feira, 25 de junho de 2015

A maior batalha

A minha maior batalha, aquela que me incomoda mais não conseguir vencer, é contra a desumanidade, é assim também, e principalmente, uma batalha muitas vezes ingrata contra mim mesmo.

Dizer que luto pela honra e glória do amor é já estar sendo pedante, prepotente, presunçoso, vaidoso e mentiroso. Não luto por nenhuma honra e glória, nem de mim mesmo, e nem de ninguém. Travo uma batalha social, e uma guerra mental contínua entre alguns dos que sou e outros que sequer conheço. A desumanidade me envergonha. A desumanidade me enoja, nos outros, e muito mais ainda em mim mesmo. A revolta contra a desumanidade cresce, entretanto mais lenta do que gostaria.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Nenhum amparo

Nenhum amparo.
Nenhuma dor.
Nenhuma aflição ou consternação.
Nossa humanidade se esvai por entre sorrisos e descaso.
Deixamos de sofrer pelos desafortunados.
Eximimo-nos de culpas ou responsabilidades.


Nenhum amparo.
Nenhuma dor.
Nenhuma aflição ou consternação.
O nosso silêncio frente ao sofrimento alheio é prova cabal para a desumanidade que nos invade.
A nossa inação frente ao que aqui está é prova plena de que quase nada mais nos revolta.
Pareço perdido.
Queria sofrer.
Teria que sofrer.
Porém praticamente não mais sofro pela miséria alheia.
Ou sofro tão pouco que não me lanço em revolta por uma transformação forte.