terça-feira, 29 de abril de 2014

Livre para pensar, dependente para viver e restrito para agir

Nunca serei absolutamente livre para agir. Toda ação, diferentemente do pensar possui alcance, reflexos e impactos, desta forma toda ação há de ser responsável, e seu agente é assim, responsável pelos reflexos do que faz e do que se omite de fazer. Minha liberdade de ação somente será plena, quando revestida e limitada pelo respeito a vida, ao social e a natureza. Ao mesmo tempo em que sou livre para pensar, sou totalmente responsável pelo alcance de todas as minhas ações.

domingo, 27 de abril de 2014

Ser livre

Liberdade não é exatamente o direito a fazer qualquer coisa, ou somente fazer o que esperam de nós, nem é simplesmente fazer escolhas sobre um grupo de possibilidades que o sistema nos coloca a fácil alcance, ser livre é, também, ter a chance de analisar racional e criticamente fazendo questionamentos a todas as opções de escolha possível, argui-las profundamente, sem limites ou preconceitos, sem dogmas e sem tabus, sem medos ou vergonhas, mas também sem interesses nenhum, a não ser o de simplesmente encontrar a que mais dignifique a sociedade e a natureza, e então ter a opção de escolher a melhor para o todo, para você, a sociedade e a natureza. Ser livre é saber tomar as decisões com o grau de liberdade de questionar profundamente todas as opções de escolha, e daí poder decidir conscientemente, em prol da dignidade humana, social e também da natureza.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Filhos

Algo que todos com certeza somos. Gostemos ou não de nossos pais, conheçamos ou não eles, tenhamos sido criados ou não por eles, respeitemos ou não a eles e amemos ou odiemos nossos pais, sempre seremos filhos de alguém. Somos filhos e ponto.

Metade de nossa carga genética vem de nosso pai, e a outra metade vem de nossa mãe. Nem por isso somos necessariamente um “mix” existencial de ambos. Somos únicos, e sempre seremos solitários em nosso ser, seja ser, o que quer que seja. Seremos únicos também em nosso devir.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Nunca serei uma estrela

Nunca serei uma estrela, mas já fui de alguma (todos os meus átomos). Eu, você e todos nós, mais ainda, praticamente tudo o que existe em nosso sistema solar, já foi parte de alguma estrela que terminou em uma supernova, e espalhou poeira estrelar que veio a dar origem ao nosso sistema solar. A menos de, talvez, pequeníssima porção de hidrogênio, deutério ou talvez menor ainda porção de hélio, que já poderiam vagar pelo espaço, ainda originários do bigbang, todos os demais elementos e mesmo a maior parte do hidrogênio, hélio são poeira das estrelas, que ao chegarem ao seu fim liberaram de forma poderosa todos os elementos químicos que existem em nosso sistema solar. As estrelas são os poderosos fornos siderais que produzem todos os demais elementos químicos.

O tempo importa, mas não faz assim tanta importância

O tempo importa, mas não faz realmente muita importância. A vida e a natureza, estas importam muito mais. Entendo o tempo como uma percepção do intocável, construído mentalmente, em uma mente imperfeita, cheia de falhas de “projeto”, exatamente por não ter projeto algum.

domingo, 20 de abril de 2014

Por definição sou contrário às superstições


Por definição sou contrário às superstições, acho meio sem sentido de ser aquele espírito mental que se curva as superstições (não que seja totalmente imune a elas), mas tenho que admitir que algumas superstições possui um algo de prudente, algumas possuem até um que de ensinamento, mas que seriam louváveis enquanto ensinamento ou cuidado, jamais como superstição.

A matemática e a física


A matemática é uma abstração. Para mim, e para muitos é a mais maravilhosa, linda, fantástica e poderosa criação do intelecto humano. Ela, em si, não reflete verdade alguma, não fazendo sentido, para mim, perguntar a um matemático se a resolução de uma equação, de um sistemas de equações, se uma solução diferencial em si é verdadeira ou falsa, cabe sim a pergunta se está correta ou errada.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

A ciência não quer lutar contra as religiões

A ciência não quer lutar contra as religiões, mas sim pela verdade e pelas refutações, a ciência pode e deve lutar contra todo desconhecimento, fanatismo ou mentiras, estejam onde estiverem.

A ciência séria não entra em guerra com religiões, ela luta apenas pela verdade (mesmo sabendo ser difícil encontrar toda a verdade, mas pelo menos trabalha com refutações), luta pelo real, e assim, no que as religiões estiverem alinhadas com verdades, ou com a busca sincera destas, baseada em observações, análises críticas e racionais, problematização, proposição de hipóteses, experimentações, modelagens e obtenção de evidências para corroboração ou refutação, estando assim alinhadas com a realidade por detrás dos fatos e dos fenômenos, a ciência, entendendo-se aqui os sérios cientistas, estará com as religiões.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Certezas

Dizem que os sábios têm muito poucas certezas, talvez nenhuma, não conheço nenhum sábio e sinceramente acho que eles não existem verdadeiramente, mesmo os que se auto intitulam ou são por nós intitulados como sábios, mas se existissem, não poderiam e não deveriam ser eles meros pensadores, teriam que ser revoltados e atuantes, não em causa própria, mas sim em prol daqueles abandonados a “sorte” da miséria. Não me refiro a uma revolta de ódio e rancor, não falo também de alguma revolta desesperada, mas falo de uma revolta empática e sensível pela dor deles, de uma revolta que nos motiva a ser ousado pela transformação de nossa realidade. E quanto aos sábios terem poucas certezas, fica bonito no falar, eleva uma falsa sensação de humildade, mas não é a pura verdade, talvez também por isto eu não creia em sábios. 

sábado, 12 de abril de 2014

Experimentar o viver humano

Experimentar o viver humano, eh saber que horas somos conscientes e outras horas inconscientes, mas que sempre seremos reais enquanto seres mentais, que em pleno escopo biológico, realizamos, pela evolução, o salto da vida para o viver, saltamos da vida puramente biológica para o viver de uma existência mental(não menos biológica), emergente da complexidade de nosso circuito neural, por isto não menos natural, real, imanente, verdadeira e legitima. Não, não somos os únicos animais a ousarem este salto, mas no grau de complexidade a que chegamos ainda somos os únicos. Isto não é para nos deixar vaidosos, e sim envergonhados, pela displicência e incompetência como aproveitamos este salto.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Nossas mentes e os padrões

Nossa mente odeia se sentir perdida ou sem entender o que se passa, quando observamos dados, fatos ou acontecimentos, e assim nossa mente logo se esforça por encontrar padrões que entenda significativos, mesmo que na prática possam não ocorrer ou existir tais padrões, ou eles não sejam nada ou quase nada significativos, sejam até mesmo desprovidos de significado algum, e isto, esta tendência natural é reforçada pelas crenças que possuímos. Baseado em nossas crenças e nos padrões que acreditamos ter percebido, logo nos pomos a  dar valores, significados ou intenções a estes padrões.

Desumaniza

A ciência por si só nunca, jamais, desumaniza a vida ou o viver, posto que seja apenas conhecimento e verdade, mas infelizmente a vaidade, a prepotência, a arrogância, a falta de sensibilidade humana, o preconceito, a crença cega, o fundamentalismo fanático, a defesa irracional dos dogmas, a segregação, a exploração, a opressão, a ganancia pelo poder e pelas riquezas, estas sim, desumanizam a vida e o viver.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Incoerente eu

Muitos me acham incoerente, devo ser, longe da perfeição e próximo da realidade humana. Posso realmente ser incoerente em diversos assuntos, mas o que ainda me choca, não sei por que, é que primeiro rotulam, depois perguntam o porquê da aparente incoerência. Neste assunto em especial, nada tenho de incoerente.

Vamos lá:

Não creio na existência de discos voadores nos visitando, nem hoje e nem no passado. Até aqui nada demais, pois que vários dos que me chamaram de incoerente hoje pela manhã também não creem na existência de discos voadores. Pode até ser que você, leitor, também não creia, e daí? Crer ou não crer em discos voadores nos visitando é um direito de cada um, pois que sendo crença, não existe prova definitiva, nem pelos que juram que eles existem, nem para os como eu, que mantem a posição de não crer neles, mas que é totalmente impotente quando o caso é provar esta crença.

De um filho... de um pai e de uma mãe

A lágrima de dor de um filho
     Resseca a alma dos pais.

A tristeza sincera de um filho
    Emudece a alma dos pais.

O sofrimento indevido de um filho
    Fere a alma dos pais.

sábado, 5 de abril de 2014

Perdão, deixo para os sábios


Não perco tempo perdoando ninguém, simplesmente porque acredito que todos devem pagar por seus erros, isto vale para mim, para meus filhos, meus amigos e é óbvio para os meus inimigos.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Um destino final?

Afinal, temos um destino, algum destino, ou temos somente um destino final? Não creio em destinos, acho-os sem sentido, sem coerência lógica, de uma complexidade sem sentido algum para tudo o que aqui está, e sem dignidade humana, contudo todos nós temos um destino final, é a morte. Esta, a morte, é o destino universal para todos os seres vivos conhecidos. A morte, dela nenhum ser vivo, de nenhuma espécie, mais cedo ou mais tarde, escapou. Indivíduos, e mesmo espécies inteiras se perderam no nada que sempre foram antes de algo ser. No caso dos seres humanos, a regra também nunca foi quebrada. Não houve ninguém, que uma vez nascido vivo, não tenha morrido, ou que não venha a morrer. Não houve criança, homem, mulher, profeta, ou homens deuses, que de alguma forma, sob alguma história, em algum momento, não tenha sido colocado em contato direto com a bela, estranha, mas danada da morte. Em alguns casos foram necessários enredo e estórias para dar um sentido mais transcendental a esta morte, que mais que necessária, era uma obrigação biológica natural, e democrática, nunca privou ninguém, bons e maus, justos e repugnantes, de qualquer cor, gênero, princípios ideológicos, nacionalidades ou crenças, todos, absolutamente todos, tiveram que realizar a morte, não escapando nem seres míticos, místicos, santos, homens deuses, todos temos o destino único apontando para nossa morte, um dia, de alguma forma, e em algum lugar. 

terça-feira, 1 de abril de 2014

Procuramos sentido nas coisas

A maioria de nós, se não todos ou muito próximo a todos, vivemos buscando encontrar sentido nas coisas, sentido no viver, e sentido de viver. Algumas coisas parecem realmente possuir sentido, mas será que especificamente o viver, o nosso viver, possui realmente algum sentido? Será que tenha que possuir algum sentido? Poderíamos viver de forma natural e orgânica, social e humana, sem um sentido próprio para o viver? Será que buscando fugir de algum vazio de nós mesmos, de algum vazio social, acabamos por tentar construir valores e sentidos artificiais para o viver, e assim, acabamos por envolvê-los em imagens que horas são naturais e outras horas são supernaturais, e em alguns casos até mesmo místicas.