domingo, 31 de maio de 2015

Inação

A inação é um bom caminho para o descontrole humano e o desarranjo social, talvez o mais simples caminho. A entropia natural do viver leva a uma crescente desordem social, via uma desordem humana crescente que faz acontecer. Sem o investimento e o gasto de energia de vida, o estado de desordem humana tende sempre a crescer.

A desordem social e humana necessita de energia do viver, pela potência humana de que somos capazes, para ser revertida, bloqueando assim o seu progresso, onde somente a ação, o fazer, o construir, o tentar, o buscar, o procurar, o estudar, o analisar, o racionalizar, o se doar, e o se empenhar comprometida e responsavelmente, podem reverter o caminhar natural para a desordem.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Frutos da evolução e nichos ecológicos

Frutos da evolução, sou apenas mais uma espécie. Por que seria especial? O que, a menos de alguma vaidade e prepotência, me faria me ver como melhor ou superior? Humanos e não humanos, crentes e descrentes, iguais e diferentes, animais e vegetais, todos conheceremos a morte, todos nascemos, todos sofremos por doenças, todos temos os mesmos componentes genéticos, mais ainda, e talvez por isto mesmo, todos temos a mesma básica biologia, e respeitamos as mesmas “leis” naturais, sejam elas biológicas, químicas ou físicas.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

O Caos

O caos dialoga comigo todos os dias. Eu respondo que nada existe de mais maravilhoso do que a vida em sua essência, que do aparente caos físico superou a química pela excelência da biologia. Como não me curvar ao belo encanto daquele aparente caos cerebral, onde trilhões de conexões complexas trocam sinais por meio de potenciais elétricos e permite a emergência de nossa mente.

domingo, 17 de maio de 2015

Religião


Entendo religião como um conceito genérico, que engloba sob uma única palavra, diferentes estruturas e conceitos, dogmas e princípios, filosofias e gêneses. Neste texto me aterei a não tecer comentários defendendo ou criticando uma ou outra religião, apenas me posicionarei contra uma posição, também geral, que ouvi hoje, e sobre a qual não consigo aceitar como verdadeira, qual seja, a de que todas as religiões, no fundo são iguais, e veneram um mesmo deus.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Desarrazoado

O uso da razão sem um fim primário na dignificação da humanidade e no respeito à essência da vida (o uso frio da razão sem o contraponto do amor), nos faz irracionalmente desarrazoado, o que tem muito a ver com o animal irracional que a realidade existencial continuamente ousa nos mostrar como somos. Homo sapiens sapiens em gênero, homo demens na realização de nossa desumanidade natural, e homo degradandis na forma como somos arrogantemente destruidores do natural, entendo que a mais simples definição seria homem besta (como se referia Nietzsche ao dizer que as igrejas buscam construir uma nova moral com a pretensão amansar o homem besta que nos habita). Razão e amor se completam, amor e razão se beneficiam, o amar necessita da razão, assim como a razão necessita do amor.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Beleza

A beleza é uma qualidade secundária, ela existe segundo nossos filtros mentais, sendo assim recoberta de detalhes inconscientes, e até mesmo de preconceitos. É verdade que a beleza agrada a mente, mas mas jamais pode a beleza, ou a sua sensação, ser confundida como sinônimo de verdade, de justiça ou de dignidade. Cuidado especial quanto a indução natural de que o que é belo, seja simples, correto, digno ou verdadeiro. A verdade, para sê-lo, não precisa em nada ser bela, existem verdades aterrorizantes, mas que não deixam de ser verdades. O justo, igualmente, não precisa ser belo. A justiça muitas vezes parece até feia, mas o conceito de ser justo, sendo também uma qualidade secundária, é variável e mutável, mas deve ser mais importante que ser belo. O que eu acho importante entender é que nada, em si mesmo, é belo ou feio, seja uma pessoa, um animal, uma coisa, ou mesmo uma ação, a beleza não é um atributo primário de nada disto, para ser mais direto a beleza não é atributo primário de nada. Entendo que não gostamos de algo porque seja belo, e sim o oposto, por que eu gosto é que acho belo. Exatamente por isso, devemos estar atentos para não nos deixarmos levar pela sensação de beleza (ou de feiura) em nada, devemos primeiro nos criticar sobre o porque achamos aquilo belo, ou por que achamos algo feio, pois que podemos estar sendo guiados por preconceitos, por costumes, por cultura, ou por interesses.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Entre o nada que fomos e o nada que seremos

Entre o nada que fomos e o nada que seremos resta-nos um único breve período para sermos.
Creio que isto deveria bastar para valorizarmos a vida.