quinta-feira, 7 de maio de 2015

Beleza

A beleza é uma qualidade secundária, ela existe segundo nossos filtros mentais, sendo assim recoberta de detalhes inconscientes, e até mesmo de preconceitos. É verdade que a beleza agrada a mente, mas mas jamais pode a beleza, ou a sua sensação, ser confundida como sinônimo de verdade, de justiça ou de dignidade. Cuidado especial quanto a indução natural de que o que é belo, seja simples, correto, digno ou verdadeiro. A verdade, para sê-lo, não precisa em nada ser bela, existem verdades aterrorizantes, mas que não deixam de ser verdades. O justo, igualmente, não precisa ser belo. A justiça muitas vezes parece até feia, mas o conceito de ser justo, sendo também uma qualidade secundária, é variável e mutável, mas deve ser mais importante que ser belo. O que eu acho importante entender é que nada, em si mesmo, é belo ou feio, seja uma pessoa, um animal, uma coisa, ou mesmo uma ação, a beleza não é um atributo primário de nada disto, para ser mais direto a beleza não é atributo primário de nada. Entendo que não gostamos de algo porque seja belo, e sim o oposto, por que eu gosto é que acho belo. Exatamente por isso, devemos estar atentos para não nos deixarmos levar pela sensação de beleza (ou de feiura) em nada, devemos primeiro nos criticar sobre o porque achamos aquilo belo, ou por que achamos algo feio, pois que podemos estar sendo guiados por preconceitos, por costumes, por cultura, ou por interesses.

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