quinta-feira, 26 de junho de 2014

Enxergar deve ter sido realmente muito importante

Enxergar deve ter sido realmente muito importante para a sobrevivência ao longo dos muitos e muitos milhões de anos, e o foi. Toda e qualquer vantagem evolutiva na percepção dos predadores e das presas, dos caçadores e das caças, e mesmo para os coletores na mais fácil percepção de frutos, folhas, grãos ou raízes, era uma vantagem aproveitada para a sobrevivência e para a procriação. Uma prova disso é a quantidade de diferentes vezes em que a visão, em inúmeros diferentes graus de sensibilidade e foco evoluiu, em diferentes espécies, em diferentes tipos de “olhos”, e em diferentes épocas. Olhos estes que variam de simples superfície foto sensível, até olhos bem elaborados e suportados por um circuito neural variado, circuito este que no animal homem possui cerca de 30 diferentes áreas cerebrais envolvidas no processo da visão. “Visão” esta que varia de mera percepção a um comprimento de onda, até a capacidade de criar uma percepção imaginaria da própria visão, que encontra na espécie homo sapiens a capacidade de visualizar uma cadeira com asas voando, ou mesmo um cavalo alado como se o estivéssemos vendo em realidade.  Como um exemplo rápido da variedade de olhos e processos de visão podemos citar olhos do polvo e o do homem, animais tão díspares, cabendo informar que o  último espécie comum entre o polvo e o homem era um animal aquático sem olhos, o que demonstra que a evolução independentemente selecionou o olho-visão como realmente algo importante, não uma vez, mais diversas vezes. 

terça-feira, 24 de junho de 2014

Direito a liberdade de expressão

O direito a liberdade de expressão, e a defesa ao direito a liberdade religiosa permitem que muitos escrevam textos, alguns do ponto de vista plásticos maravilhosamente lindos, acerca de deus, de um deus, da fé, do místico e etc. Agora, o direito a liberdade religiosa há de incluir também o direito a liberdade de não religião, de não crença, seja de algum materialismo, ateísmo ou mesmo agnosticismo. Antes que me critiquem, eu sei que todo materialista há de ser ateu, mas o contrário não é uma verdade absolta, nem todo ateu há de ser materialista, por isso preferi incluir as duas colocações. 

terça-feira, 17 de junho de 2014

Estranho

Horas sou um estranho que se esconde na vergonha de não ser o que sou, e outras horas sou um estranho que não sendo se esconde no que sou.

Sou enfim um estranho em plena falsidade de não ser o que deveria ser, verdadeiro apenas em plena síntese da omissão irresponsável de mim mesmo, frente ao social, ao humano e ao natural. 

O estranho, é que não mais estranho, ser estranho ao que eu deveria ser.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Uma sociedade

Uma sociedade que silencia o humano pelo econômico é uma sociedade que exclui e segrega, e não sente vergonha, nojo e nem revolta por sua desumanidade, seu compromisso com o econômico e sua nova aliança com o individualismo.

domingo, 8 de junho de 2014

Linguagem


Entendo ser impossível pensar racionalmente sem uma linguagem. Para mim é a linguagem, o nosso principal diferencial. Talvez até mesmo a tão decantada inteligência seja em si menos importante como diferencial, do que a linguagem, ou seja ela somente é possível em todo o seu esplendor, graças a uma linguagem. Possivelmente, pode até ser admissível que um elefante possua mais poder geral de processamento cerebral que o homem, mas como não desenvolveu a linguagem predicativa e complexa, seu potencial de processamento fica subutilizado.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Prefiro


Prefiro uma solidão atuante, à hipocrisia dos falsos amigos.
Prefiro o isolamento de quem faz, à impostura de muitos humanos.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Realidade e Análise Crítica

Como humanos, acertamos e erramos, somos subjetivos, mesmo em nossa objetividade, e somos limitados, múltiplos e fatais.  Como humanos, somos seres sociais, que possuem a curiosidade como uma virtude, e o amor como uma construção. Mesmo que esqueçamos que somos responsáveis pelo ambiente social em que vivemos, que abramos mão da curiosidade frente ao que sabemos e não sabemos, ou que nos omitamos em plena inação de não construir em nós o amor pelos outros, isso não nos omite de mesmo assim sermos responsáveis direta ou indiretamente pelo sistema que aqui está, pela capacidade de sermos ousados curiosos na busca de alguma verdade e conhecimento, ou pela falta de amor e respeito pelos semelhantes e pela natureza. Muitas vezes nos escondemos por detrás de verdades absolutas reveladas ou postadas por detentores do poder ou de autoridades do saber, por acreditar que assim estamos fazendo o melhor para nós mesmos, nos resguardando ou nos salvando para o depois, quando deveríamos de verdade buscar ajudar, salvar, proteger, ou nos comprometer com a justiça e a inclusão social dos outros, com o fim da opressão e da exploração, e com a distribuição humana de bens, oportunidades e bem estar social. Aqueles de nós que possuem certezas absolutas de tudo, absolutamente ignoram seu limite. A curiosidade nos move à frente, nos faz vanguardeiros na busca de real conhecimento, e aliada com o ceticismo, este potencializa e dá mais vida à curiosidade, e naturalmente nos forçam a ir mais longe e a buscar com maior dedicação e coragem algum conhecimento. Agora, somente conhecimento é de pouca valia, pois que somente a ação, o comportamento e o comprometimento podem realmente fazer bom uso do conhecimento, pela dignidade humana e social, e pelo bem de todos e da natureza.