sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

A morte


A morte é o infinito do nada, a eternidade do que nunca mais será, para algo que por outra eternidade nunca foi, mas que se fez ser por um breve espaço de tempo.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Alguém - Três provocações

Alguém acha sinceramente que abolir a escravatura foi o mesmo que realizar inclusão social?

Alguém realmente acha que oportunidades e tratamentos iguais para os desiguais é justiça social?

Alguém pensa sinceramente que o capitalismo esteja preocupado com o bem estar social e humano dos excluídos, a menos da necessidade e do uso de sua mão de obra barata, quase escrava, ou quando alguma insegurança civil pode provir destes excluídos, mesmo assim apenas para penalizá-los pelo que o próprio estado neoliberal deles fez.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Muitos de nós

A maioria de nós acaba, de forma natural e talvez até mesmo inconsequente, por dar muito valor a aquilo que não conseguimos obter em nosso viver, e assim acabamos por não valorizar o que temos, nos esquecendo assim do que deveríamos buscar ser, e nos apegando ao gostaríamos de ter, na vã esperança de que merecemos ter. 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Vivo garimpando momentos felizes

Existem imbecis felizes e gênios infelizes, já falava isto, talvez entre outros, André Comte-Sponville, e creio que já, muito antes dele, outros já devem ter feito esta simples, mas marcante leitura do viver.

O mundo prima por uma “realização na média”, possui seus extremos é verdade, mas no geral a realidade do viver coletivo, caminha por um estado médio, mesmo que em alguns casos esta média esteja baixa demais. No geral, levamos uma vida na média, e como eu estou neste mundo, entendo que também minha vida deve estar na média (média de alegrias, médias de tristezas, media de dores, média de sofrimentos, média de derrotas, média esta não em relação a mim mesmo, como uma espécie de equilíbrio, não falei isto, mas sim uma média em relação a realização do viver coletivo), com algum desvio padrão em pontos específicos, e para que a média se apresente como tal, alguns desvios são para maior e outros devem ser para menor. Com isto não tento dizer e nem insinuar que todos vivemos na média, é bastante perceptivo que não, alguns acabam vivendo acima da média e outros abaixo da média, sem esforço algum somos capazes de perceber que muitas e muitas pessoas vivem na miséria, vivem abandonadas ou excluídas, vivem com doenças terríveis, vivem de forma desumana, mas sinceramente entendo que não é o meu caso, e que viva na média, quem sabe até acima da média.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Silêncio e solidão

O silêncio total e absoluto nunca será nosso companheiro, pelo menos enquanto tivermos um mínimo de saúde mental. Sempre poderemos conversar conosco mesmo, mais ainda, sempre conversaremos conosco mesmos, pois que somos muitos em um, e mesmo que de forma inconsciente, um diálogo, algumas vezes nada saudável, acontece entre aqueles que nos compõem.

Infeliz daquele em que o silêncio e a solidão absolutas se apoderaram de si, sua mente se perdeu e seu viver se resume a sobreviver, a vegetar e a se perder no nada que está prestes a voltar a ser.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Acidentes por descaso


É bem verdade que uma quantidade enorme de acidentes acontece por acaso, mas também é verdade que outra grande porção deles acontece por descaso.