segunda-feira, 28 de março de 2016

No fio do nada

No fio do nada, quase nada somos, e nada mais podemos ser, do que apenas um eterno equilibrista no interminável momento presente, entre o nada que já fomos e o nada que um dia seremos.

Sou um quase nada na existência infinita do complexo real. Sendo eu também complexo e múltiplo, sou assim não menos real e ilusório, em todos os múltiplos seres que me compõem. Sendo o real tudo o que existe, no fundo construo uma ilusão pessoal, reflexo da subjetividade do que percebo mentalmente.


Mesmo sendo o que percebo, uma criação mental, a complexidade do subjetivo não esgota em si o todo complexo e transformador do real. O real existe, mesmo que nada possa se parecer ao subjetivo que construo deste mesmo real. Sou real enquanto corpo físico, e subjetivo enquanto ser, existo no constructo mental daquilo que meu cérebro, sempre a posterior, cria como imagem para mim, e a priori, mesmo que muitas vezes inconscientemente, filtra, conceitua ou direciona como será construída a imagem subjetiva a posteriori.


#razaocritica
#razãocrítica

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